Faz frio
Minha alma se molha
E rola em mim
Como trovão – silencioso
Lá fora
As casas lembram roupas enchumbradas
Máquinas paradas...
Muros e cercas nada sussurram
Na quietude dos pingos deslizando
Batendo e xingando...
O céu – um imenso caroço de açaí cinzento
E o sol se esconde por cima dele na fina chuva incessante
É inverno
E chove
Faz frio
Molha-me com precisão
Esta longa e melódica estação.
Copyright by Jonas Furtado
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