O barulho de uma lágrima
Desenhado num quadro a céu
É o grito que as pedras deram
E que agora habita o infinito
O poema é
O tamanho do brilho de um planeta
Com sol, carbono e sal
É a hesitação do ser
E de ser a própria explicação
O poema é
O conhecer a si próprio um pouco
É correr na enxurrada como um louco
É a montanha dentro de um grão de areia
É um feito e esse jeito de sentir a veia
O poema é
Provavelmente tudo tudo
O que uma criança diz ao vento...
É um brincar de acontecer
E uma nota que nos faz inteiriçar (inteirecer).
Copyright by Jonas Furtado
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